O mundo dos cães é cheio de doenças que podem ser fatais quando não identificadas e tratadas a tempo, e os carrapatos são agentes de algumas complicações bastante graves na vida dos cachorros, fazendo com que o contato dos animais com estes parasitas deva ser evitado a todo custo.

Os carrapatos são agentes de algumas complicações bastante graves na vida dos cachorros

Embora a presença dos carrapatos não seja tão comum nos grandes centros urbanos, isso não significa que também não possam ser encontrados nas áreas urbanas, e uma simples viagem no fim de semana para um sítio ou chácara já pode ser um sinal de alerta para que os cuidados com o seu pet devam ser redobrados. Estes parasitas costumam viver em locais onde há muito capim, mato, arbustos, madeiras acumuladas e até mesmo no chão de ambientes de clima seco ou úmido demais.

Por isso, sempre que o seu pet for passear por algum local onde não se sabe sobre a presença do parasita, é uma boa ideia aplicar remédios contra carrapato de alta duração, que já podem ser encontrados no mercado em forma de sprays, coleiras, pós e líquidos para banho. A higienização do animal é outro fator que contribui muito para evitar a ocorrência das doenças do carrapato em pets, já que, com banhos e escovações frequentes, as chances de que o parasita se aloje na sua pelagem são bastante reduzidas.

Entre as mais temidas e fatais doenças caninas provocadas pelo carrapato podemos citar a Erlichiose (também conhecida como Erliquiose) e a Babasiose. Embora ambos os problemas possam ser curados por meio da administração de medicamentos, se o início do tratamento não foi rápido o suficiente, o animal pode acabar morrendo em função das consequências agressivas desse tipo de doença.

No caso da Erliquiose, a picada do carrapato marrom é tida com principal forma de transmissão – causando a proliferação de bactérias em órgãos como baço e fígado, além dos linfonodos que, consequentemente, atingem os glóbulos brancos (responsáveis por manter a imunidade do animal). A partir disso, o cachorro passa a apresentar os sinais da doença, que variam de acordo com a sua fase de desenvolvimento e incluem desde secreções nasais e redução de peso até febres, tremores, dificuldade em respirar e até hemorragias devido a uma diminuição de plaquetas.

A Babesiose, no entanto, afeta os glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio dos pulmões aos tecidos do corpo do animal, provocando perda de apetite, palidez, anemia, pele e olhos amarelados, cansaço intenso e urina de cor escura. Também é transmitida pela picada do carrapato marrom, que se aloja na pelagem do cão e se alimenta do seu sangue, transmitindo o protozoário chamado de babesia canis para o pet.

Em ambos os casos, o diagnóstico é feito por meio da análise clínica e de exames de sangue requisitados por um profissional veterinário, que é a única pessoa qualificada para identificar a doença e indicar um tratamento adequado. Por poder evoluir de forma relativamente rápida e causar anemias intensas, além de problemas graves como a insuficiência renal, as doenças do carrapato devem ser investigadas assim que os seus primeiros sintomas comecem a aparecer, permitindo em um tratamento seja iniciado imediatamente para que o cão doente não corra riscos de morte.

Fonte: Terra